Espigão do Oeste,

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Formatura Pedagogia

Na noite do dia 29, houve formatura - colação de grau em Padagogia.
Pastor Reneu dirigiu a mensagem, que segue:

Com grande alegria, em nome da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, saúdo autoridades, formandos, familiares, convidados!

Nesta data toda especial para vocês, eu quero trazer uma palavra e mensagem, a partir do texto bíblico de Lucas 18.18-23, que passo a ler:

“Certo líder judeu perguntou a Jesus: - Bom Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna? Jesus respondeu: —Por que você me chama de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Você conhece os mandamentos: “Não cometa adultério, não mate, não roube, não dê falso testemunho contra ninguém, respeite o seu pai e a sua mãe.” O homem respondeu: —Desde criança eu tenho obedecido a todos esses mandamentos. Quando Jesus ouviu isso, disse: —Falta mais uma coisa para você fazer. Venda tudo o que você tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga. Quando o homem ouviu isso, ficou muito triste, pois era riquíssimo.”

Queridas formandas no curso de Pedagogia!

Vocês também serão chamados: “Querida professora!” ou “Boa professora!”

Quando se é boa ou querida?

Na verdade, quando vocês forem pedagogas na etimologia da palavra, ou seja, quando ensinarem caminhando ao lado, caminhando junto! Que deixa marcas, pegadas (não apenas no chão, mas especialmente na vida daquelas pessoas que com ela andam juntas). Não se iludam quando alguém considere você bom quando não cobra a tarefa, quando não corrige uma atitude errada, mas passa a mão pela cabeça! Bom amigo, bom educador é aquele que conversa, trás à luz o problema para que seja solucionado.

Junto com o “querido ou bom” está contido um elogio. De fazer bem feito, de ser uma pessoa agradável.

Nas férias conversava com uma pedagoga do Sul do Brasil que tinha voltado a estudar. E ela falou: Aqui, neste município, até o fim do ano ninguém me alcança ou passa por mim na formação!

Estudar é bom. Mas a motivação ao estudo estava errada. O que tinha motivado aquela pessoa ao estudo era a ameaça de ser ultrapassada por alguém, a ameaça da concorrência, e não era a busca pelo aperfeiçoamento!

Gente querida! O conhecimento, o aperfeiçoamento, a atualização nos estudos são necessários, mas não para oprimir, e sim para libertar. O futuro requer cada vez mais pessoas capazes de dar melhores respostas, de reagir e interagir com a boa criação de Deus para preservar e não destruir. E isto passa pela educação. Professores e alunos! Sim, pois aluno que só vai à escola para passar de ano e não para aprender, está perdendo tempo. Incomoda e atrapalha.

É preciso saber porque se está fazendo as coisas. Há pessoas que fazem as coisas para ser recompensadas e há pessoas que fazem as coisas com e por amor, por que precisa ser feito.

Há 18 anos fui convidado a participar de uma seção da Câmera dos Vereadores para diplomar cidadãos do município. Uma pessoa bem conhecida já havia sido indicada três vezes para receber o título de cidadão daquele município e por duas vezes tinha se negado a ir. Mas aquele ano ela aceitou. E outras pessoas que receberiam o título, justificaram que ele era merecido. Mas na hora daquele conhecido meu discursar, ele falou algo que muito me impressionou: Não fiz as coisas que fiz para receber elogio ou recompensa; fiz porque precisava ser feito!

Deus nos colocou neste mundo para fazer a diferença! Fazer o que precisa ser feito sem esperar elogio ou recompensa. Quem só fica pensando e esperando ser recompensado, não faz motivado por amor, mas é uma pessoa interesseira.

O líder judeu do texto queria negociar: “Vou fazer isso, para conquistar aquilo; ser merecedor da vida eterna!”

Jesus contrapõe os valores do mundo aos valores de Deus, ao afirmar: “Porque me chamas bom, só um é bom: Deus!”

Há duas grandes verdades aqui: 1ª) Para Deus e diante dele não somos bons pelo que fizemos, mas pelo que cremos. Nossa ação no mundo não visa mérito junto a Deus, mas, ao contrário, por Deus ser bondoso e generoso para conosco, nos amando, perdoando e salvando gratuitamente, fazemos as coisas certas e boas com alegria e gratidão.

2ª) Se, de fato, reconhecemos que Jesus é bom, precisamos admiti-lo e aceitá-lo como Deus e Senhor. Pois toda a boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes (Tg 1.17a). Enquanto não admitirmos isso, o Cristo não tem valia para nós!

E Jesus nos desafia a avaliar a nossa vida diante dos mandamentos!

Ao que o líder judeu replicou: “Tudo isso tenho observado desde a minha juventude!”

Eu vejo nesta resposta não a sinceridade, mas a falsa modéstia. Quem na vida nunca mentiu? Quem na vida sempre obedeceu aos pais e mestres? Quem na vida nunca faltou a um culto ou missa? Quem não discutiu com alguém? Ou agrediu (verbalmente ou fisicamente) a alguém? Só para citar alguns mandamentos e a facilidade de os transgredir.

Jesus ouviu o líder judeu e sua resposta superficial e arrogante e, então, Jesus pôs o dedo na ferida, ao afirmar: “Uma coisa ainda te falta...” E qual seria esta coisa: humildade? Sinceridade? Desapego material? Idolatria?

Na continuação da resposta, Jesus derruba-o do “pedestal”, apontando onde o líder judeu tinha preso o seu coração e sua segurança: “Vende o que tens – distribui aos pobres e depois seja meu discípulo! E terás um tesouro nos céus!”

O que Jesus nos quer ensinar com isso? Nossa vida precisa estar firmada em Deus! O nosso viver precisa fazer a diferença no local que Deus nos colocou e junto as pessoas que conosco convivem! Somos animados a ajudar a pessoa carente!

Ser Mestre, pedagogo é compartilhar o saber! É ajudar o carente na sua carência: educação, formação, cultura, valores de vida. Entre nós, alfabetizar bem as crianças para conjugar corretamente verbos e concordância já é uma grande ajuda, pois, por vezes, dói ouvir discursos.

E fazer isto não pelo salário (as vezes minguado, as vezes atrasado), mas por sermos seguidores e seguidoras de Jesus. Por isso, façam as coisas com muito amor, de boa vontade, com dedicação e carinho, mostrando claramente que estamos servindo, em palavras e atitudes, ao Mestre dos Mestres, Senhor dos senhores, ao nosso Deus e Salvador.

Encerro esta mensagem citando Daniel 12.3: “Os mestres sábios, aqueles que ensinaram muitas pessoas a fazer o que é certo, brilharão como as estrelas do céu, com um brilho que nunca se apagará.” Amém.

Bênção:

Rogo que a bênção de Deus, o todo-poderoso, Mestre dos Mestres, acompanhe a cada um de vocês, ilumine na profissão e na vida como cristãos e cristã. Sejam abençoados em nome do Pai, Filho e ES. Amém.

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