Este ano, procuramos inovar na proposta litúrgica do Tríduo Pascal.
Diferente da antiga proposta, na qual se lia muitos textos bíblicos, esta nova proposta insere no seu bojo poemas, poesias, jograis e teatros.
Igualmente, se recuperou outras cenas da paixão.
A celebração da quinta-feira explora a cena da mulher que unge Jesus, e a celebração é toda voltada para a questão do perdão e do amor.
O culto inicia com a acolhida (2 Co 2.15), e segue a explicação de que será celebração diferente, com inclusão de novas cenas e formas. Canta-se o hino inicial, a invocação trinitária pode ser cantada: “Em nome do Pai...”. Recordando das palavras da Instituição da Ceia, em que sempre aparece “Na noite que foi traído” dá-se a palavra a Judas, para ele responder o porquê traiu Jesus (Veja Trilhos e trilhas, p. 67s). E isto abre as portas para a nossa confissão de pecados, a qual é feita com “Traído foi meu Jesus” (Veja: Uma Nova Dança. Johnson Gnanabaranam. Paixão hoje, p. 41-42). A Confissão se acentua com a leitura de Mt 26.20-25 e é a vez de Judas falar (Veja: Pão diário 14, 21 de abril). O perdão é anunciado com Jo 3.16.
Então entra-se para o bloco da Palavra, com oração, canto e a encenação fundamentada nos textos: João 12.1-11 +Mt 26.6-13 + Lc 7.36-50. Após, uma breve mensagem baseada em João 15.13, e a celebração culmina com o gesto de perfumar e abraçar a quem amamos e nos ama; a quem já nos perdoou e perdoamos.
Faz-se então a confissão de fé, os avisos e encerra com Mt 16.21, o convite de continuar no dia seguinte. E na saída as pessoas são marcadas na testa, com a cruz de Cristo, e isto é feito com azeite perfumado.
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A celebração da sexta-feira inicia fora da Igreja. Reinterpreta-se a questão do fogo novo. Acende-se uma fogueira, canta-se: “Em nossa escuridão, acende este fogo que não se acaba não” contrapondo luz e escuridão, lê-se João 1.1, 5, 9,11-12,14; 3.16-21. Entra-se na Igreja cantando a mesma canção. O altar está adornado com plantas secas, fazendo referência à morte de Jesus. A saudação é com Jo 10.17-18. Faz-se a confissão de pecados e o Kyrie, sempre intercalados com hinos propícios. As leituras bíblicas são: Is 53.4-8; Mc 15.1-15, 22-41; Rm 6.1-8. A mensagem: “Teologia da cruz, teologia da ternura!” E o auge da celebração é contar a crucificação de Jesus sob a ótica de Barrabás usando-se da técnica do quadro mágico, para chegar à conclusão: “Ele morreu por mim”. Depois se segue o credo, os avisos e encerra-se com 1 Pe 3.17-20 e o comentário: Nem mesmo na morte Jesus ficou sem ação e sem trabalho. Morto, desceu ao mundo dos mortos, para anunciar ali a mensagem de salvação. Vamos para casa meditando no que Cristo fez por nós e retornaremos na alegria da Páscoa para que nós, que, no batismo, morremos com Cristo, assim como Cristo venceu a morte, andemos também nós em novidade de vida.
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A celebração da Páscoa se utiliza do símbolo da grande pedra na frente do túmulo de Jesus. Na entrada da Igreja, há uma pedra enorme e o dizer: “Quem nos removerá a pedra”.
A saudação é com Filipenses 3.10ª. A invocação trinitária é acompanhada com Apocalipse 1.18. Após confissão dos pecados, a absolvição é com a primeira palavra do Ressurreto (Mt 28.9). As leituras bíblicas são Sl 118.1-2, 13-24; 1 Co 15.19-28 e a prédica é de Mc 16.1-8. A mensagem deixa claro: Deus removeu a grande pedra, assim ele remove tudo o que nos quer afastar dele. Nada há a temer. Temos um Senhor vivo e vivificante. É hora de confessar a fé e receber a Ceia. E viver sob a bênção de Deus.
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